domingo, 27 de junho de 2010

Ilha Grande, uma ilha paraíso

Tão emocionante é a chegada na ilha, de dentro da barca ela vai crescendo, crescendo, e compreendemos o porque de seu nome, mas que ilha grande! A barca ancora no cais, na praia do Abraão, a ilha nos recebe de braços abertos na sua grandeza verde. O Pico do Papagaio desponta recortando o céu, em um constrate do verde contra o azul sem fim.
A próxima missão é conseguir uma boa pousada para deixar a mochila e  partir em algum passeio de barco que sai diariamente para diversos pontos da ilha, as saídas são por volta das 10:30h. Os roteiros são maravilhosos: Praia de Lopes Mendes para quem gosta de surf . Para este passeio tenho uma dica...... quando descer do barco e fizer a pequena trilha para chegar à praia de Lopes Mendes, preste atenção, pois a sua direita haverá uma entrada para a praia de Santo Antonio. Praia linda, normalmente vazia, um pequeno paraíso. Outro lugar imperdível é a  Lagoa Azul, onde você pode mergulhar com os peixes coloridos. No  Saco do Céu, fica a praia dos Amores, onde o fundo é repleto de estrelas do mar, maravilhoso. Nesta enseada tem um restaurante simples que serve um arroz de polvo de comer rezando.
Se você prefere fazer uma trilha.... siga para Dois Rios, uma caminhada sem grandes dificuldades, pois não se trata de uma trilha , e sim de uma estrada que foi utilizada para levar os dententos na época da penitenciária que existiu na ilha. Saindo da Vila do Abraão, são 3 hs de caminhada, mas vou dizer... vale super a pena. A chegada na praia é deslumbrante, dois rios desembocam no mar e você tem as opções de tomar banho de rio e/ou de mar.
Na volta do passeio, um jantarzinho na Vila, onde existem boas opções para comer. Adoro ficar numa mesa ao livre, embaixo da amendoeira  no restaurante Rei do Camarão, uma porção de  lula a doré crocante para começar...... acompanhada de uma caipirinha ( a melhor que já tomei, é tipo uma limonada suíça, um perigo gostoso). E então, é só esperar o pôr do sol, que banha a praia com uma luz de uma cor indescritível.  Depois de comer e beber bem, dar uma voltinha e experimentar uma sobremesa caseira nos tradicionais carrinhos de doce que existem. Temos quindins, cocadas, cuzcuz, bolos variados, pudim e outras loucuras.
Este pequeno paraíso fica muito próximo, graças a Deus. É só pegar a barca em Mangaratiba, viajar 2 horitas,  e carimbar sua chegada a um pedaço do paraíso. É todo seu.....
Ah, uma peculiaridade da ilha que gosto muito...não há carros, somente alguns poucos carros oficiais: bombeiro, ambulância... A locomoção é de barco ou by foot. Andelante!

domingo, 20 de junho de 2010

Cascais

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sabe daqueles lugares no mundo que você e seu coração elegem pra chamar de seu?!! Pois é, o meu é  Cascais... amei morar neste lugar. 
Caminhar por suas ruas, passear no calçadão, tomar um café na Praia da Rainha vendo as gaivotas em um ballet sem fim....
Bem, chegando em Cascais, caso queira, você pode ter uma bicicleta grátis para conhecer o lugar (08h às 18h). Basta ter seu passaporte, e procurar um posto da prefeitura, onde estão as bicicletas. Há um posto em frente à estação de trem, outro perto do Forte, e outro perto da Casa da Dinda.
Na praia da linha , gosto de ficar no quiosque da praia da Rata, tomar um imperial geladinho, e ficar olhando aquele horizonte deslumbrante, não tem preço. Um café na Marina, uma pedalada pela ciclovia, que é simplesmente linda. Pedalar até a praia do Guincho, é muito bom, e na volta tomar alguma coisa para refrescar na Casa da Dinda, que tem um visual maravilhoso. Não deixe de ir até o Cabo da Roca, um dos meus lugares preferidos, próximo daí se escondem meus dois tesouros: a praia da Ursa ( para quem gosta de fazer trilha) e o restaurante Moinho do Quixote (Rua dos Moinhos, 05 Azóia), vale conferir!!
De volta ao centro de Cascais, um lugar para se comer bem, e gastar pouco...a tasquinha  chamada  Flecha Azul(Avenida Valbom, no. 08), e depois... saborear um sorvete da Santini sentado em um dos inúmeros bancos que ficam de cara para a baía de Cascais, delícia.... Amo este lugar!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fisterra, o fim da Terra


Quando parti em direção a Santiago de Compostela, minha real intenção era chegar ao final da Terra, ou seja, em Fisterra (pode ser também Finisterra). Esta mágica vila de pescadores foi durante muitos anos o final do caminho sagrado, e  foi trilhado por inúmeros povos, inclusive o celta.  Na antiguidade se acreditava que a Terra acabava onde hoje é o Farol, que o sol se apagava no mar e mais além, existiam monstros assustadores.  Mais tarde, se tornou o caminho "pagão".
Fisterra fica a cerca de 90 km de Santiago de Compostela, esta é a reta final para os peregrinos. A estrada  é tortuosa e linda, a cada curva um novo povoado com lindas praias, plantações, silos, feiras locais.....
Se você não quer seguir caminhando, e tampouco alugar um carro, saem ônibus diariamente de Santiago de Compostela com destino a Fisterra (http://www.monbus.es/). A chegada à pequena vila é engraçada, afinal é o final do caminho e você fica meio tonto para que lado seguir. Seguimos pela Rúa Real, onde fomos pedir informações em um bar que me apaixonei de cara, chama se A Galeria,  a decoração é feita por "souvenirs" e pequenos regalos deixados pelos visitantes. Uma música excelente me fez sentar e tomar una cerveza, afinal para que a pressa se já havíamos  chegado ao fim da Terra?!
Realmente, o bar é incrível, uma galeria que tem uns janelões que dão para o porto da cidade, e uma brisa fresca corta todo o estabelecimento. Música boa, boa cerveja, umas tapas e a simpatia de Roberto e  Silvia (que me regalou alguns cd´s maravilhosos, ela me apresentou a cantora Chimbao).
Bem, saímos já "alegrinhos" com as cervejas e encontramos um hotel bastante honesto e limpo (Casa Velay www.finisterrae.com/casavelay), nosso quarto dava de frente para a praia, uma beleza. Depois que nos livramos dos mochilões fomos passear pela cidade, seguimos  até o porto e ficamos curtindo a paz daquele lugar. Descobrimos que durante o verão, todos os dias por volta das 19h, os peregrinos seguem caminhando até o Farol (que foi construído em 1853 e protege uma das costas mais perigosas, é o farol mais ocidental da Europa), onde fica realmente o final do caminho. A caminhada é simplesmente linda, são 4 km em uma estrada sinuosa a beira mar, e que é percorrida por muitas pessoas, que parecem felizes e realizadas, apesar de cansadas. Lá, os caminhantes recém chegados fazem o ritual de queimar peças de roupas usadas durante a peregrinação, emocionante. As pessoas começam a chegar, e vão buscando pontos para aguardar o pôr do sol. A dica é levar um vinho, uma água, um sanduiche e ficar lá curtindo toda aquela magia.  O pôr do sol acontece por volta das 22h, e todos parecem ficar em sintonia com o Universo, e aplaudem o divino espetáculo. É bom levar um casaco, pois assim que o sol se vai, bate um friozinho.
A comida da Galícia já é famosa, carnes, peixes e frutos do mar, proporcionam uma explosão de sabores para todos os gostos. Descobrimos o restaurante A Palaxa que fica Calle Puerto, vale conferir.
Na praia da Ribeira existe o Castelo de San Carlos, onde hoje é um museu do mar. Outro atrativo?.... As lindas praias de Langosteira, Sardiñero, Mar de Fora e Rostro ( a mais selvagem, uma trilha imperdível).
 Encontramos  uma senhora peregrina, uma  italiana e devia ter uns 65 anos, que  definiu Finisterra como o caminho do core, ou seja, o caminho do coração.
Concordo plenamente!